Vacinas não promovem aumento de fibrinas no sangue

É falso que tais proteínas, presentes no processo de coagulação sanguínea, sejam liberadas pela vacinação

Em um vídeo que circula pelo WhatsApp, identificado pelo aplicativo Eu fiscalizo, uma mulher afirma ter analisado o próprio sangue no microscópio e identificado várias fibrinas que, segundo ela, seriam liberadas na corrente sanguínea pelas vacinas contra a  COVID-19, causando coagulação. “Por isso muita gente vem a óbito, muita gente dá problema no coração, infarto do miocárdio, várias outras doenças vêm se desenvolvendo devido à quantidade de fibrina”, diz.

As fibrinas são proteínas que estão, de fato, envolvidas no processo de coagulação do sangue. “A coagulação ou a hemostasia normal do sangue é um mecanismo que repara e controla a perda de sangue, quando você faz um corte, sofre um trauma”, explica o médico Rubens Costa Filho, do hospital Pró-Cardíaco.

Um exame de sangue que se tornou comum na avaliação dos casos de COVID-19 é o “Dímero-D”, justamente um marcador da coagulação sanguínea. “O Dímero-D no sangue pode indicar aumento na formação da rede de fibrinas. No entanto, ele não aumenta com a vacinação. Podemos dizer, com segurança, que as  vacinas, sejam elas quais forem, não promovem aumento de fibrinas”, garante Costa Filho.

Já se sabe que a COVID-19 é uma infecção viral aguda que pode levar a um processo de coagulação exagerada, tanto que também é chamada de febre viral trombótica. “A doença promovida pelo SARS-CoV-2 gera predisposição a um estado de hipercoagulabilidade sanguínea, ou seja, ela faz com que o nosso organismo, diante de processos inflamatórios, tenha uma predisposição a processos trombóticos”, detalha o médico, ao lembrar que, nesta situação, pode haver a maior formação de fibrinas.


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