RETROSPECTIVA: Conhecimento em construção

Ao longo de 2020, acompanhamos o esforço da comunidade científica na compreensão do SARS-CoV-2, da COVID-19 e da pandemia que mobilizou o planeta.

Algumas doenças, como a tuberculose ou o sarampo, acompanham a humanidade há tanto tempo que a ciência tem grande conhecimento acumulado sobre elas, construído ao longo de muitos anos de esforços, geração após geração de pesquisadores. Com a COVID-19, é diferente: desconhecida até o finalzinho de 2019, a doença foi objeto de pesquisa de milhares de grupos de estudiosos ao redor do mundo em 2020.

Olhando por esse ângulo, a quantidade de informação que reunimos, em menos de um ano, sobre o SARS-CoV-2 e a COVID-19 é realmente impressionante. Mobilizada por uma emergência mundial de saúde pública, a comunidade científica global se empenhou para avançar nas questões relativas ao diagnóstico da doença e, claro, nas investigações sobre medicamentos e vacinas.

Além disso, gerou-se conhecimento sobre a relação entre o vírus e os tipos sanguíneos, por que a doença se agrava em alguns pacientes, como o vírus pode infectar o cérebro e se é possível alguém ser reinfectado após se curar da COVID-19. Ah, e os cientistas também chegaram à conclusão de que o novo coronavírus não foi criado em laboratório.

Outra frente importante de trabalho foi a compreensão de como a COVID-19 interage com outras grandes questões de saúde pública, como a resistência das bactérias aos antibióticos, o tabagismo e o controle de insetos transmissores de doenças como a malária.

Pesquisadores também buscaram entender a dinâmica da pandemia no Brasil, na América Latina e em outros lugares do planeta, como os continentes europeu e africano. Há cientistas, ainda, tentando desvendar questões pouco óbvias para um olhar menos especializado: por exemplo, como o monitoramento do esgoto sanitário e até os cavalos podem ajudar na luta contra a COVID-19.

Enfim, apesar do pouco tempo, é admirável o quanto já avançamos em conhecimento contra o novo coronavírus. Mesmo assim, muitas perguntas ainda precisam de respostas – o que sugere que, em 2021, a comunidade científica seguirá trabalhando a todo vapor para encontrá-las. Nós, claro, estaremos aqui para contar a vocês. Até o próximo ano!


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